Navegar

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Navegar é preciso. Nossas mentes foram feitas para navegar, para fazermos uma pausa desse mundo e dos pensamentos negativos. 

E como dizem por aí, um mar calmo nunca fez um bom marinheiro. Tempestades são necessárias, e quando nada parece se acalmar, a luz do farol nos guia de volta para a calmaria. Em nossos momentos mais sombrios, nós encontramos algo. Algo que nos mantém caminhando. Algo que nos empurra e nos faz continuar. 

E aí, logo depois da tempestade, o mar acalma, as ondas cessam. A luz do farol brilha, e o sol nasce novamente. E aparece um arco-íris no céu, o qual nunca veríamos se a tempestade não acontecesse. O céu sempre tem um tom mais bonito de azul depois da chuva. Nós sempre nos alegramos em ver o sol, depois de uma noite longa. E nada é para sempre. 

O que quer que te faça sair da sua zona de conforto, faça. Se para sair da zona de conforto é necessário navegar, navegue. Velejar? Vá. Sem medo. Agora. 

Surfar? Pega a prancha, coloca parafina, aperta as quilhas e vai. 

Apenas vá. Enfrentar o mar é preciso. Como você pretende fazer isso, se é de pranchinha 6'5'' ou de navio petroleiro, não importa. Só importa que você levante e vá. É necessário movimento. É necessário leveza. Persistência. Perseverança. Discernimento. É necessário cair no mar. Entender as correntes. As profundidades. É preciso nadar de volta para a superfície quando uma onda te derruba. É preciso seguir a luz do farol quando não se enxerga um palmo à frente. 

É preciso se jogar. De cabeça. Mergulhar nesse oceano. Nessa imensidão, com sua beleza e seus mistérios. E abraçar todos eles. Viver todos eles. 

Sempre haverá dias de tempestade, mas a tempestade traz ondulação, então em vez de lamentar, pega tua prancha e vai. Sem medo. Sem preguiça. 

Não importa como, sempre haverá uma tempestade e um farol. Não sei muito sobre esse oceano. Sou surfista nova. Cheguei agora. Não posso te dizer muito. Mas sei de uma coisa: 

É preciso navegar.