Às vezes é necessário observar as coisas com uma perspectiva diferente, um outro ponto de vista. Constantemente busco por meios de observar o mundo. Ver todos os lados, todos os problemas, todas as soluções e olhar tudo de uma maneira total. E nessa totalidade, ver tudo o que está disposto na superfície do meu olhar.
Mas de vez em quando temos que ir abaixo da superfície, em um lugar mais profundo da alma. Um lugar mais profundo dessa totalidade mergulhada em um grande aquário que dividimos com mais 7 bilhões de pessoas.
No meu interior é quando eu conheço mais e mais do que está fora. E se eu pudesse pedir gentilmente para ficar aqui para sempre, seria pedir muito? É que tudo aqui é mais bonito. E contém uma melancolia bonita, quase uma obra de arte, quase uma nostalgia.
Tudo aqui me transporta e me transborda a melhor parte de mim. Aqui dentro, do que eu sou e do que eu ainda vou me tornar. Me faz querer conhecer cada vez mais a profundeza do que eu sou.
Quem me dera poder ficar nesse mundo submerso por mais tempo. É que tudo que é bom dura apenas o suficiente, e o tempo que eu posso ficar aqui definitivamente é suficiente para ver o quanto Deus é perfeito e criou coisas perfeitas.
É suficiente o tempo limitado. E é aqui, neste ponto da história, que se começa a contemplação. É a partir do momento que você percebe que a vida é linda por fora, e mais ainda por dentro. E percebe que tudo tem que ser preservado nessa imensidão. Entender que estamos no mundo, mas pertencemos ao céu. Que sejamos gratos pela nossa casa enquanto ainda estamos nela, na brevidade desse instante que por aqui passamos.
E que a todo tempo possamos ver
o infinito que carregamos
na nossa existência
tão finita.
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